Ganhei um passarinho na gaiola, para me fazer companhia quando ele sair. Mas é que ele sai muito e me impede de me divertir. Eu só queria viver como sempre, com liberdade para ir e vir. Mas, já que estou ao seu lado, tenho uma posição a cumprir. Eu não o quero magoar, mas estou presa; não sonhei que seria assim. Pensei que teríamos dias bonitos e alegres. Hoje percebo que me tornei o passarinho na gaiola.
Jamais voltará Creio em mim que você jamais voltará, voltará a me fazer um carinho calmo, como nos seus cafunés. Voltará a compartilhar risadas, daquelas que nos fazem guardar memórias. Deixou de rir; agora é eterno o seu calmo silêncio. A idade chegou e te levou dos meus braços. Prender você a mim não seria o certo; o certo foi te deixar ir. Você jamais voltará a me fazer sorrir.
Isso não é um poema, mas gostaria de compartilhar. Não busco ser reconhecida pelos meus poemas. Afinal, são meus refúgios de dor. Alguns, eu evito reler. São meus cacos. A vida é dolorosa para quem tampa os olhos diante dos momentos bons. Mas, para alguns, realmente é melhor fechar os olhos do que viver em aflição. Estou bem, feliz, e querendo o novo. Mas sem esquecer dos meus velhos tempos. Nem tudo faz sentido no que escrevo. Pode até não ter nada a ver... mas foi a melhor forma que encontrei para me descrever.
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